Estudiantes de La Plata conquista vitória dramática sobre Cerro Porteño e avança com vantagem na Libertadores

Drama nos acréscimos decide duelo entre Estudiantes e Cerro Porteño

Você já viu um jogo pegar fogo só nos minutos finais? Foi exatamente isso o que aconteceu na noite de 13 de agosto de 2025, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção. O Estudiantes de La Plata arrancou uma vitória de 1 a 0 diante do Cerro Porteño, em pleno Paraguai, graças a um pênalti convertido por Santiago Ascacíbar no último lance da partida. A tensão estava lá no alto, porque os donos da casa ostentavam uma invencibilidade de oito jogos e queriam transformar o estádio em fortaleza.

O primeiro tempo foi como final de Libertadores costuma ser: brigado, truncado, sem muitas chances claras. Mas a estatística já mostrava um cenário favorável ao Estudiantes. Enquanto os paraguaios corriam atrás, o time argentino tocava mais a bola, com 60% da posse. Eles também finalizaram mais—14 vezes contra 9 do Cerro—embora só tenham acertado o alvo três vezes (os paraguaios acertaram cinco, mas quase todas sem perigo real). Só que o xG, aquela métrica que avalia a expectativa de gol por jogada, apontava 1,27 dos argentinos contra 0,78 do Cerro. Isso mostrava quem realmente estava mais perto de abrir o placar.

Polêmica e pênalti nos acréscimos mudam tudo

Sabe aquele momento em que parece que o empate está garantido? Só que, já nos acréscimos, o árbitro chileno Piero Maza Gomez marcou pênalti para o Estudiantes após falta em cima de Juan Iturbe. O lance levantou polêmica: será que não tinha impedimento na jogada? Os jogadores do Cerro Porteño reclamaram muito, principalmente Arias e Wilder Viera, que receberam cartão amarelo. Não adiantou.

Ascacíbar, que além de capitão já mostrou nervos de gelo em vários jogos, foi para a cobrança aos 53 minutos do segundo tempo (já eram oito minutos de acréscimos!) e colocou a bola no fundo das redes, calando geral no estádio, menos a torcida argentina. Com esse gol, o Estudiantes leva a vantagem do gol fora de casa para o jogo de volta em La Plata.

O clima foi pesado até depois do apito final. Ao todo, o Cerro levou quatro cartões amarelos, muito mais do que o Estudiantes recebeu. Durante o segundo tempo, o desgaste ficou evidente: técnicos foram promovendo várias mudanças, tentando buscar um fôlego extra para decidir o confronto.

A defesa argentina, liderada por Fernando Muslera (eleito o melhor da partida), segurou bem a onda nos momentos de pressão. Palacios e Cristian Medina também deram trabalho do meio para frente, enquanto o time do Cerro tentou se organizar no ataque com Juan Iturbe, mas sem conseguir furar o bloqueio. Martin Arias, no gol paraguaio, fez várias defesas importantes, mas nada pôde fazer no pênalti fatal.

Com esse placar, o Cerro Porteño chega pra partida de volta precisando urgentemente de gols. Se quiser classificar direto, o time paraguaio terá que marcar pelo menos dois sem levar nenhum. Já para o Estudiantes, um empate ou derrota por um gol leva o jogo para prorrogação—caso siga o regulamento mais recente da CONMEBOL, que pode ou não considerar o gol fora de casa. Tudo aberto, mas com um peso a mais do lado argentino depois desse choque em Assunção.