Exposição "Entre Arcos e Ecos" anima Biguaçu até 1º de novembro

Exposição "Entre Arcos e Ecos" anima Biguaçu até 1º de novembro out, 10 2025

A exposição "Entre Arcos e Ecos" chegou ao coração de Biguaçu e já está movimentando artistas, estudantes e curiosos. Organizada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e aberta ao público sem custo, a mostra ficará em cartaz até 1º de novembro de 2025, com horário estendido nos finais de semana.

Um mergulho na memória açoriana

O ponto de partida da iniciativa foi o concurso de pintura lançado em 2023, que desafiou artistas catarinenses a retratar o icônico Aqueduto de São Miguel. Construído no século XVIII pelos primeiros colonizadores das ilhas açorianas, o aqueduto ainda hoje simboliza a engenhosidade e a fé dos pioneiros que chegaram a Santa Catarina a partir de 1748.

Entre os mais de 120 inscritos, a obra vencedora foi "O Biguá no Aqueduto", do Evelyn Schembach, pintora nascida em Chapecó. O júri técnico, integrado por historiadores e críticos de arte da região, destacou a combinação de cores vibrantes e a sensibilidade ao retratar a relação entre o rio Biguá e a estrutura colonial.

Parcerias que dão vida ao projeto

A curadoria ficou a cargo da professora de artes Márcia Cardoso, que também coordenou a logística junto à Casa dos Açores Museu Etnográfico, em Biguaçu. O espaço, administrado pela FCC, já serve como guardião da história dos imigrantes açorianos.

O terceiro braço da parceria foi o Centro de Inovação e Tecnologia de Biguaçu (Citeb), que disponibilizou recursos de comunicação digital e apoio técnico para a montagem das peças, garantindo iluminação adequada e acessibilidade.

Detalhes da mostra

  • Período: 15 de junho de 2024 a 1º de novembro de 2025.
  • Horário: de terça a sexta, das 13h às 18h; sábados e domingos, das 10h às 17h.
  • Entrada: gratuita.
  • Participantes: 45 artistas de 12 municípios catarinenses.
  • Obras exibidas: 30 pinturas a óleo, 12 gravuras e 5 intervenções multimídia.

Além da obra vencedora, cada artista terá sua produção devolvida ao final da exposição, exceto as peças que o museu decidiu integrar ao acervo permanente, como parte da estratégia de preservação cultural.

Reação do público e dos especialistas

Reação do público e dos especialistas

Nos primeiros três dias, a visitação ultrapassou a marca de 2.800 pessoas, segundo dados da FCC. "É como se a gente estivesse caminhando pelos corredores do tempo", comentou Ana Lúcia, estudante de arqueologia da UFSC. Já o crítico de arte Fernando Rabelo elogiou a curadoria de Márcia Cardoso: "Ela soube criar um diálogo entre o passado colonial e a estética contemporânea, sem perder a sensibilidade local".

O Citeb ainda registrou 1.200 visualizações da exposição virtual, que permite acessar imagens em alta resolução das obras para quem não pode se deslocar até Biguaçu.

Impacto cultural e econômico para a região

O evento tem gerado efeitos positivos no comércio local. Restaurantes e cafés nas proximidades relataram aumento de 18% no faturamento nos fins de semana desde a abertura da mostra. A prefeitura de Biguaçu, que apoia a iniciativa com logística de trânsito, anunciou a criação de um roteiro cultural que inclui a casa do aqueduto, a igreja matriz e a própria Casa dos Açores.

Do ponto de vista educacional, escolas da zona metropolitanas de Florianópolis têm incluído visitas guiadas ao Museu Etnográfico como atividade extracurricular, reforçando o ensino sobre a colonização açoriana.

Próximos passos e legado

Próximos passos e legado

Com o encerramento previsto para 1º de novembro, a FCC já planeja uma edição itinerante da exposição, que deve percorrer outras cidades-chave do estado, como Joinville e Criciúma. A intenção é levar a história do Aqueduto de São Miguel a um público ainda maior, enquanto se consolida o papel da Florianópolis como capital cultural de Santa Catarina.

Para quem ainda não visitou, ainda há tempo de aproveitar a oportunidade de ver de perto como arte contemporânea dialoga com patrimônio histórico – tudo isso pagando nada.

Perguntas Frequentes

Como a exposição beneficia os artistas locais?

Além da visibilidade diante de um público diversificado, os 45 artistas participantes recebem certificação oficial da FCC e têm a chance de inserir suas obras no acervo temporário do museu, o que pode abrir portas para futuras convites e projetos culturais.

Qual é a importância histórica do Aqueduto de São Miguel?

Construído entre 1730 e 1745, o aqueduto garantiu o abastecimento de água para as primeiras comunidades açorianas da região, tornando-se um símbolo de engenharia colonial e da adaptação dos colonos ao ambiente litorâneo de Santa Catarina.

A exposição tem atividades para crianças?

Sim. Aos sábados, o museu oferece oficinas de desenho e pintura inspiradas nas obras da mostra, além de visitas guiadas lúdicas que explicam a história do aqueduto de forma interativa para o público infantil.

Quando e como será o desmonte da exposição?

O encerramento está marcado para 1º de novembro de 2025. A partir desse dia, as obras serão recolhidas pelos artistas ou incorporadas ao acervo permanente do museu, exceto a obra vencedora, que permanecerá em exibição como peça emblemática da história da mostra.

Onde posso encontrar o calendário completo de eventos da FCC?

O calendário, com o código de programação 3488 para esta exposição, está disponível no portal oficial da Fundação Catarinense de Cultura, na seção de eventos culturais do estado.

13 Comentários

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    Gustavo Cunha

    outubro 10, 2025 AT 04:06

    Curti muito saber que a cidade tá cheia de arte.
    A mostra tá puxando a galera pra conhecer a história do aqueduto.
    Vale a visita pra quem curte pintura e história.

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    Camila Alcantara

    outubro 11, 2025 AT 02:46

    Essa exposição é a cara do nosso orgulho catarinense! Cada pincelada celebra a bravura dos nossos avós açorianos que desafiaram o oceano. É sangue, suor e tinta brasileira que não pode ser subestimado.

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    Rafaela Gonçalves Correia

    outubro 12, 2025 AT 02:23

    Não é à toa que a FCC decidiu investir tanto nessa mostra, tem algo a mais por trás desse investimento que poucos veem. Alguns dizem que o financiamento veio de setores que preferem manter a narrativa colonial viva para desviar a atenção das verdadeiras desigualdades. A escolha do aqueduto como símbolo parece estratégica, já que ele ainda é usado como referência de controle de recursos hídricos nas discussões políticas. Além disso, a presença de artistas de cidades menores pode ser uma maneira sutil de criar uma rede de pressão cultural. É curioso notar que o Citeb está fornecendo tecnologia digital, o que abre portas para monitoramento remoto da interação do público. Talvez o festival virtual, com suas 1.200 visualizações, seja uma fachada para coletar dados sobre hábitos de consumo cultural. Mesmo assim, não podemos negar que a exposição traz à tona memórias importantes da colonização açoriana. As obras realmente capturam a essência da água correndo pelos arcos, e isso toca quem já caminhou perto do rio. A curadoria de Márcia Cardoso parece equilibrar bem o passado e o presente, o que não é tarefa fácil. Mas fica a dúvida: quem realmente decide quais obras entram no acervo permanente? Os critérios de seleção podem estar influenciados por interesses econômicos das empresas locais. Se o turismo aumenta 18% nos fins de semana, há dinheiro em jogo. Talvez a verdadeira missão da exposição seja gerar lucro velado para setores que se beneficiam da nova rota cultural. Ainda assim, aprecio o esforço de dar visibilidade a artistas emergentes. É inspirador ver jovens talentos receber certificação oficial da FCC. No fim, quem se beneficia são as comunidades que passam a ter mais opções de lazer e educação.

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    Davi Gomes

    outubro 12, 2025 AT 23:13

    Que energia boa! Essa vibração toda vai contagiar ainda mais visitantes e incentivar novos talentos.

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    Luana Pereira

    outubro 13, 2025 AT 21:26

    De fato, o projeto demonstra um compromisso sólido com a preservação do patrimônio regional, ao mesmo tempo que promove a produção artística contemporânea.

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    Francis David

    outubro 14, 2025 AT 21:03

    Entendo suas dúvidas, mas é importante reconhecer que a FCC tem histórico de apoiar iniciativas culturais legítimas, e muitos artistas realmente se beneficiam da visibilidade proporcionada.

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    José Cabral

    outubro 15, 2025 AT 20:40

    É ótimo ver a comunidade apoiando a arte local.

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    Maria das Graças Athayde

    outubro 16, 2025 AT 21:40

    👍 A energia da exposição realmente eleva o astral da cidade! 🌟

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    Carlos Homero Cabral

    outubro 17, 2025 AT 21:16

    Concordo plenamente!!! Vamos aproveitar cada momento, cada obra, cada cor!!! 🎨✨

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    Andressa Cristina

    outubro 18, 2025 AT 20:53

    Essa vibe positiva é contagiante, amigo! 💥 A galera vai se apaixonar pelas telas e voltar sempre pra curtir mais!

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    Shirlei Cruz

    outubro 19, 2025 AT 20:30

    Compartilho seu entusiasmo pela valorização da cultura catarinense, e ressalto a importância de manter o diálogo aberto entre artistas e público.

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    Williane Mendes

    outubro 20, 2025 AT 20:06

    Considerando a interseção entre patrimônio material e memória coletiva, a exposição funciona como um hub de co-criação simbólica, reforçando a narrativa identitária regional.

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    caroline pedro

    outubro 21, 2025 AT 19:43

    Refletir sobre como a arte dialoga com a história nos leva a questionar nossas próprias raízes; ao visitar o aqueduto, percebemos que o fluxo da água espelha o fluxo da memória, conectando gerações em um ciclo contínuo de aprendizado.

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